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Defensores do direito de aposentar madrugam na CCJ para frear manobra do governo

Diferente do que o presidente Jair Bolsonaro planejava, não será fácil para a base do governo aprovar a reforma da Previdência (PEC 006/2019) na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (17), deputadas e deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e defendem a Previdência Social chegaram à Casa de madrugada para garantir os primeiros lugares na fila de apreciação de requerimentos.

Foi o caso da deputada Erika Kokay (PT-DF). A parlamentar chegou à Câmara às 4h40, mais de 5 horas antes do início da sessão da CCJ, agendada para 10h.

“Vamos apresentar, inicialmente, seis requerimentos. Mas é possível que esse número aumente no decorrer da sessão”, disse Kokay. Questões como inversão da pauta e pedido de adiamento da discussão e da votação, são algumas das solicitações que a oposição fará. A estratégia vem sendo chamada de “Kit obstrução”, um recurso utilizado por parlamentares para embarreirar o prosseguimento dos trabalhos e ganhar tempo.

A estratégia da oposição se acentuou após manobra da base do governo para acelerar a votação da reforma da Previdência. Nos últimos dias, diante da inversão de pauta garantida pela oposição – que colocou a PEC do Orçamento Impositivo à frente da PEC da reforma da Previdência – e do grande número de deputados inscritos para discursar (mais de cem), a expectativa era de que a votação da reforma da Previdência fosse realizada após a Páscoa.

Entretanto, os parlamentares da base do governo abriram mão do tempo de discurso, artimanha que resultou na finalização dos debates sobre a PEC ainda nessa terça-feira (16). Com isso, a votação da reforma da Previdência foi convocada para esta quarta-feira (17).

Se aprovada na CCJ, a PEC da reforma da Previdência ainda deverá passar pelo crivo de uma comissão especial e do plenário da Câmara, antes de ir para o Senado.

Pressão total

A polícia Legislativa, a mando do presidente da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia – DEM/RJ), vem impedindo o acesso de trabalhadoras e trabalhadores à Câmara dos Deputados. Mesmo assim, a classe trabalhadora vem reivindicando a entrada à chamada Casa do Povo, garantindo a pressão direta junto aos parlamentares.

Outra estratégia adotada pela CUT Brasília é a pressão via telefone. A Central orienta que todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores liguem, insistentemente, para a deputada Bia Kicis (PSL-DF) – que compõe a CCJ da Câmara e já se posicionou favorável à proposta de Bolsonaro –, e diga NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA. A estratégia também deverá ser usada com parlamentares de outros estados que estão na CCJ da Câmara.

Veja abaixo telefone da deputada Bia Kicis e o link com os contados dos demais integrantes da CCJ

1º Vice-Presidente – Bia Kicis (PSL/DF)
Telefone: (61) 3215-5309
E-mail: dep.biakicis@camara.leg.br
Endereço: Gabinete 309 – Anexo IV – Câmara dos Deputados

Clique aqui para ter acesso à lista de todos os membros da CCJ. Ao clicar no nome do parlamentar, você verá o telefone, endereço e e-mail do deputado ou deputada. É fácil e rápido!

Fonte: Vanessa Galassi, da CUT Brasília

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