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PT 39 anos: Milhares de Lulas e disposição para ampliar resistência

Ex-presidente inspira e cativa militância, que vê na luta por sua liberdade o caminho para restabelecer a democracia

Nos arredores da quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, só se via Lula. Na entrada do local, palco do aniversário de 39 anos do PT, havia Lula de todas as formas: em faixas, cartazes, bandeiras e camisetas. Lula estava, ainda, nas mais de 3 mil vozes e no simbólico L feito com as mãos. O povo atendia ao chamado de seu maior líder que, preso injustamente, virou uma ideia que se perpetua e se propaga mesmo quando seu corpo não pode estar presente.

Sob gritos de Lula Livre, coube à presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, dar nova prova do que representa a imagem e o legado do ex-presidente no dia em que a sua casa, o seu lar por excelência, chegava às quase quatro décadas de existência. “Quero aqui fazer uma saudação muito especial àquele que com genialidade e ousadia política fundou um partido para ser dirigido por trabalhadores: Boa Noite, presidente Lula. Sei que ele está nos ouvindo com o coração e sei que ele gostaria de estar aqui com a gente. Como nós sentimos a sua falta, mas como ele mesmo diz agora nós temos que ser sua cabeça, suas pernas, e seus braços. Por isso estamos aqui, Lula, para ser você”, declara Gleisi, para resposta imediata de apoio dos presentes.

Quem também sabe como poucos na história recente do país o que é levar o legado de Lula para todos os cantos é Fernando Haddad, candidato do PT nas últimas eleições e derrotado sob ataque criminoso de fake news. “Não foi por acaso que Lula deixou o cargo com 86% de aprovação. Porque sabe que ele trabalhou dia e noite para mudar a história deste país. Foi a primeira vez que o povo se deparou com alguém igual a ele na Presidência. Então, quando a gente fala do PT não podemos esquecer que houve uma grave injustiça sendo cometida. Eles comemoram uma vitória, mas que vitória é essa? Ganhar dessa forma, usando de todos os expedientes mais baixos utilizados na política, então ganharam para que? Para apresentar em 30 dias o projeto mais atrasado para o país em todas as áreas”, explica.

 

O novo líder do PT no Senado, Humberto Costa, também falou sobre os ataques direcionados a Lula, mas lembrou que a data também deve ser comemorada – algo que certamente atenderia o desejo de sua estrela maior: “Deixamos um legado ao povo brasileiro. Povo que em 500 anos da História viu suas as elites em nenhum momento deixarem o país para o nosso povo. Por isso o PT tem muito, sim, o que comemorar. Mas nós também vamos transformar esses 39 anos num dia de grande luta. A luta pelo símbolo maior do povo brasileiro que é o nosso companheiro Luiz Inácio Lula da Silva.”

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, à frente da maior bancada do Congresso Nacional, aproveitou para lembrar da importância que o povo teve nas lutas do passado e terá na resistência a partir de agora. “Nossos adversários não sabiam, mas a nossa estrela é uma semente. E quando eles achavam que tinham nos enterrado perceberam que brotamos com mais força em todos os cantos e saímos com mais força como o principal partido de oposição do país”, avisa.

O presidente do PT-SP, Paulo Fiorilo, oposição se faz também com o povo nas ruas: “É fundamental uma grande aliança com partidos de esquerda e movimentos populares. Precisamos ocupar as ruas e vamos contar com essa militância aguerrida que jamais se deixou abalar e que sempre acreditou nas lutas”.

Parceiros de luta e resistência
Quando se fala em lutas populares logo vem à mente a importância de movimentos sociais e sindicais. Basta olhar a história recente do país para notar que, onde houve enfrentamento contra retrocessos e retiradas de direitos, lá estavam os movimentos para defender o povo e agora a liberdade do ex-presidente Lula. É o caso, por exemplo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), hoje presidida por Vagner Freitas. “Nós temos que libertar o presidente Lula. Essa é a grande tarefa de todos nós. Porque se querem que o Brasil tenha de novo um caminho esse caminho tem de ser feito com o Lula Livre”.

Outro movimento cuja história se confunde com a trajetória da própria democracia do país é o MST, representado no ato por Gilmar Mauro. “Tanto o MST quanto o PT nasceram no período da ditadura para enfrentá-la. Por isso o tempo que nós temos enfrentado no momento exigirá a mesma sabedoria de nossas origens. Eu acredito que resgatando tudo o que já fizemos tenho a absoluta certeza que não só enfrentaremos este governo como sairemos vitoriosos”. aponta.

Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias

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