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Caminhada no Gama marca dia de combate à violência e ao abuso sexual contra crianças

 

O 18 de maio, Dia Nacional de Combate à Violência e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes foi marcado por caminhada no Setor Oeste do Gama, com envolvimento de alunos das escolas públicas e da comunidade. O evento contou com a participação de cerca de duas mil pessoas.

A mobilização no Gama em 18 de Maio começou há oito anos, com diferentes ações nas escolas e envolvendo a população. A caminhada acontece pela sexta vez consecutiva. As iniciativas são do Conselho Tutelar, que tem entre seus integrantes Ana Maria da Mata, da Executiva Regional do PT-DF e da direção do PT do Gama.

As ações ao 18 de Maio contam com a parceria da Coordenação Regional de Ensino do Gama, do Sindicato dos Professores (Simpro-DF) e de entidades que integram a Rede de Proteção Social. Colaboraram com a organização e realização da caminhada no Setor Oeste do Gama a deputada federal Erika Kokay, presidenta do PT, e os deputados distritais Wasny de Roure (PT) e Ricardo Vale (PT).

Reforçaram a presença do PT-DF no evento também os dirigentes do partido Jacy Afonso (secretário de Organização), Roberto Policarpo (Tesoureiro), Cleber Ribeiro (presidente do PT do Gama), Luís Maurício (coordenador da setorial de Pessoas com Deficiência) e Robson Saraiva (coordenador da setorial Sindical).

A presidenta do PT-DF, Érica Kokay, salientou a importância da mobilização do 18 de Maio no Gama, assim como em vários locais do Distrito Federal e pelo país, para o avanço da consciência quanto à necessidade de proteção às crianças e adolescentes. “A belíssima caminhada que aconteceu no Gama é resultado do trabalho permanente realizado pelo Conselho Tutelar e toda a rede de proteção na cidade”, lembrou a parlamentar cuja defesa das crianças e adolescentes contra violências e abusos tem sido uma de suas grandes causas no âmbito da Câmara Federal.

Para a conselheira tutelar do Gama e dirigente do PT-DF Ana Maria da Mata, o grande desafio está em garantir às crianças e adolescentes uma infância sem qualquer tipo de violência e com o desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual. “A caminhada que realizamos aqui no Gama visa dar repercussão ao trabalho feito permanentemente, sobretudo nas escolas, para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar a sociedade a participar da luta contra a violência e em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes”, explica a ativista.

Ana Maria lembra que o agressor costuma estar mais próximo do que imaginamos e que, “normalmente, possui um perfil sedutor e se beneficia do vínculo de confiança e da relação afetiva que já possui com a criança”. Os dados confirmam o aspecto para o qual ela chama atenção. No Brasil, 95% dos casos de abusos são praticados por pessoas conhecidas das crianças, sendo que em 65% deles há a participação de pessoas do próprio grupo familiar.

O surgimento da data de mobilização

O Dia Nacional de Combate à Violência e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescente foi instituído em memória de Araceli, uma menina de 8 anos sequestrada, violentada e cruelmente assassinada em Vitória (ES), em 18 de Maio de 1973, um crime que chocou o país.

O corpo de Araceli apareceu dias depois, carbonizado. Seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos.

A instituição do 18 de Maio como Dia Nacional de Combate à Violência e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescente se deu a partir da aprovação da Lei Federal nº 9.970/2000.

No Distrito Federal, o 18 de Maio lembra também o ocorrido com Ana Lídia, uma menina de 7 anos sequestrada, torturada, morta por asfixia, estuprada e abandonada em um terreno da UNB, em 12 de setembro de 1970.

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