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Dilma: História vai mostrar que golpe é machista e misógino

Em discurso para mais de três mil mulheres de todo Brasil presentes à abertura da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, nesta terça-feira (10), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que há machismo e misoginia no golpe que visa tirá-la da Presidência da República.

“A história ainda vai dizer quanto de violência, quanto de preconceito contra a mulher, tem nesse processo de impeachment golpista. Nós sabemos o quanto existe de misoginia, de machismo em algumas visões. Mas nós vamos reafirmar a nossa perspectiva de gênero. Nós sabemos que um dos componentes desse processo tem como base o fato de eu ser a primeira presidenta eleita pelo voto popular do Brasil. A história vai mostrar como o fato de eu ser mulher me tornou mais resiliente, mais lutadora”, enfatizou,

Citando os golpistas por nome, Dilma afirmou que esse golpe à democracia é conduzido pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em aliança com o vice-presidenteMichel Temer (PMDB). Ela garantiu que sua força para continuar lutando vem do povo.

“Eu não estou cansada de lutar. Estou cansada é dos desleais e dos traidores e tenho certeza que o Brasil também está. Eu carrego em mim a força de vida dos 33 milhões de brasileiros que saíram da pobreza. Carrego comigo a força das mulheres e também dos homens que se tornaram protagonistas dos seus direitos nos últimos 13 anos. Carrego comigo os 63 milhões de brasileiros que não tinham atendimento médico e agora têm pelo Mais Médicos”, declarou.

Para a presidenta, utilizam o processo de impeachment para fazer uma eleição indireta “da na qual o povo está alijado e não participa”.

“Prometem eliminar as obrigações dos gastos em saúde e educação. Prometem desvincular os benefícios do salário mínimo e é isso que nos diferencia, não fui eleita para isso. O povo brasileiro votou em mim duas vezes e esses 54 milhões de votos que recebi das urnas serão honrados”, frisou.

Delegação da Bahia
A presidenta Dilma usou seu perfil oficial no Twitter para repudiar o fato de 73 mulheres da Bahia, delegadas e participantes da Conferência, terem sido detidas por mais de duas horas pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

As baianas foram acusadas de proclamar palavras de ordem pela democracia e contra os deputados Jutahy Magalhães (PSDB-BA) e Tia Eron (PRB-BA), que estavam no voo vindo de Salvador para Brasília e votaram pelo impeachment na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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