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Rollemberg ameaça cortar salário no final do ano

O PT-DF recebeu com preocupação as declarações do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao jornal Valor Econômico. Na entrevista, o governador faz ameaças contra servidores e critica sindicatos e opositores ao seu governo. Em reportagem “Crise em Brasília frustra vitrine do PSB”, o governador coloca a culpa de não cumprir as promessas de campanha na oposição de distritais e sindicatos às suas medidas como a privatização. Sobra até para políticos até então aliados, como Celina Leão e o ex-governador Joaquim Roriz.

Rollemberg ainda ameaça os servidores do Governo do Distrito Federal afirmando que, se a arrecadação não aumentar muito nos próximos três meses, os salários dos servidores públicos não serão pagos no final do ano.

A briga promete ser grande. Secretários de Rollemberg estão indignados por terem de pagar direitos dos servidores. A principal fonte de revolta é o pagamento em pecúnia da licença prêmio. Quando o servidor se aposenta pode requerer o pagamento caso não tenha gozado o benefício. Para auxiliares do governador o pagamento é vergonhoso e deveria ser extinto. Depois de brigar contra as leis de reajustes dos salários, o governador se prepara para culpar sindicatos e opositores pelo atraso nos pagamentos do final de ano.

Privatizações

O governador voltou a criticar, na entrevista, o posicionamento do funcionalismo público contra as propostas de privatização de empresas estatais (BRB, CEB e CAESB) e de espaços públicos como o Zoológico e o Parque da Cidade.

O governador do DF pretende conceder à iniciativa privada a exploração econômica de vários equipamentos e serviços de caráter público. O PT-DF já se posicionou contrário às medidas, distribuindo panfleto para informar a população dos efeitos negativos que teriam tais medidas.

Nos planos do governador está colocada a possibilidade de se fazer uma concessão pública do Jardim Zoológico de Brasília e do Parque da Cidade, por exemplo. O Zoológico é uma fundação pública, possui um corpo técnico e profissional de alto gabarito. São 150 servidores dedicados e concursados. Esses servidores fazem o atendimento ao público, do cuidado aos animais, da preservação e recuperação das instalações físicas do local e desenvolvem pesquisas acadêmicas importantes. O Zoo/DF recebe 550 mil visitantes por ano e para entrar no Zoológico da cidade hoje custa R$ 2,00 criança acima de 5 anos ou adulto. Crianças até 5 anos não pagam. Numa conta simples para arrecadar R$ 22 milhões, que é o valor das despesas anuais do Zoológico do DF, seria necessário cobrar uma entrada de R$ 40 por pessoa – criança ou adulto.

Já o Parque da Cidade, fundado em 1978, tem 420 hectares e é o 3º maior parque público do Brasil. O Parque da Cidade é um ambiente que tem a cara do brasiliense e conta com quadras de vôlei, futebol, basquete, pista de cooper para corrida e caminhadas, quiosques e restaurantes diversos, amplos estacionamentos e pavilhão para exposições ou feiras. A frequência ao parque é alta. Por ele passam 20 mil pessoas diariamente e 50 mil nos finais de semana.

Atualmente a entrada no parque é franca. Mas, o que está sendo proposto é a exploração econômica, que significa cobrar tarifa pelo o uso dos estacionamentos, pela utilização das quadras e áreas de lazer, como por exemplo das churrasqueiras.

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