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Em ato, entidades afirmam que defender a Petrobras é defender o Brasil

Nessa quarta-feira (25), dirigentes da CUT e sindicatos filiados, representantes de movimentos sociais e estudantis compareceram ao ato em defesa da Petrobras, em frente à sede da empresa, em Brasília. Convocada pela CUT e incorporada pelas demais entidades, a atividade apresentou faixas, cartazes e panfletos idealizados com o objetivo de esclarecer que o apoio prestado à empresa não exige a suspensão dos supostos casos de corrupção que estão sendo apurados. Ao contrário, as entidades pedem a investigação e a punição dos culpados, mas exigem que as ações que sondam a empresa não tenham como objetivo central a desmoralização da Petrobras como meio de entregá-la à iniciativa privada.

“O que está em jogo não é a questão da corrupção, mas os intriguistas que querem levar o nosso petróleo, querem encurralar a Petrobrás e querem, com isso, também barrar a economia toda. Estão usando as regras do mercado, estão usando o discurso da corrupção para desvalorizar a empresa. Enquanto dizem para a população que estão salvando a Petrobras, eles estão enterrando a Petrobras e entregando ela para os Estados Unidos”, explica a coordenadora geral do Sindicato Unificado dos Petroleiros do estado de São Paulo – Sindpetro, Cibele Vieira.

“A Petrobrás é do povo Brasileiro. Os especuladores estão aproveitando desse momento de dificuldade que a empresa atravessa para tentar entrega-la a iniciativa privada. Todos nós somos a favor de que sejam esclarecidas e apuradas as denúncias de corrupção, mas não podemos permitir que seja colocada em risco a credibilidade dos mais de 86 mil trabalhadores que atuam honestamente e dão o sangue por esta empresa. Desde o início de sua criação a Petrobrás foi alvo de ataques por contrariar os interesses privados, no entanto nosso governo acreditou e buscou sua autonomia, defende o sistema de partilha e a soberania brasileira sobre as imensas jazidas do Pré-Sal. Defender a Petrobrás é defender os interesses do povo, é defender as melhorias na educação, é defender melhorias na saúde”, afirmou o presidente do PT-DF, Policarpo.

“Atos como o de hoje têm que ter continuidade, não só em defesa da Petrobrás, mas em defesa de todo o patrimônio brasileiro. Com certeza haverá outros momentos como este”, afirmou o dirigente da CUT Brasília e da CUT Nacional, Roberto Miguel.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, a Petrobras atualmente é detentora de 13% do PIB nacional e uma das principais fontes de renda do País, não apenas pela produção de petróleo, mas também no que diz respeito ao investimento nos setores de saúde e educação e em sua importância na geração de emprego e renda. Atualmente, a petrolífera é detentora de quase 90 mil empregos diretos e mais de 500 mil indiretos.

“A Petrobrás é fruto do movimento social brasileiro. Ela só existe por causa dos movimentos trabalhistas, por causa da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), que participaram da campanha ‘O Petróleo é nosso’. Nos últimos 12 anos, a Petrobrás deixou de ser uma petrolífera quase falida para se tornar uma das principais empresas do Brasil. Por isso, nós não devemos deixar que esse golpe aconteça. Estamos aqui para mostrar que a Globo (TV) está do lado da burguesia e da direita brasileira. O que está em jogo é o investimento da saúde e da educação no Brasil”, enfatizou o presidente da UNE, André João.

Durante o ato, o dirigente da CUT nacional, Jacy Afonso, falou sobre a legitimidade da manifestação que, segundo ele, é desvinculada de interesses partidários, assim como as demais mobilizações que têm ocorrido ao longo das últimas semanas. “Nós da CUT temos um importante papel junto à nossa militância, que é o de não confundir governo, partido e sindicato. Nesse momento, estamos nos mobilizando contra as medidas provisórias 664 e 665 (do Governo Federal), contra a abertura de capital da Caixa e à favor de uma Petrobrás 100% brasileira. Essa é uma tarefa de todos os partidos e organizações de esquerda”, concluiu o dirigente sindical.

Com informações CUT Brasília

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